Tomás Abreu                       Exhibitions         Works         Outdoor         Films      

Nuvens, bolhas e sopa


2.6 - 1.7.2023

Armazém Fundo, Livaria Térmita, Porto

Uma exposição com luz natural, pinturas e uma sopa.
Lá fora, ao ar livre, duas bolhas interligadas movem-se ao vento.





















Soup
Pot, water, cianobacteria (recipe), sensor, air pump device
Activated by movement, 40x50x4


Morning air
Painting on canvas, 72x63x4

Midday air
Painting on canvas, 102x82x4


Afternoon air
Painting on canvas, 94x76x4

Evening air
Painting on canvas, 94x76x4

Air bubbles
Air, two spherical balloons, 0,1mm string, variable dimensions
Installation at Térmita Bookstore

Free air bubbles
Air, two spherical balloons, 0,1mm string, variable dimensions
Outdoor installation at Largo Mompilher












































































Reemergir numa sopa.
Viver em transparência e em paralelo.
Lençóis em camadas cobrem as cidades. Ar e água.
Tudo oscila fora de padrões temporais.
        O calor sobe.
    Veias nas mãos.
    Veias nas folhas.
    Artérias nas raízes.
    Veios nos rizomas.
Lágrimas e sangue.
Coral.
Micélio e esporos.
Baloiço e moinho.
Pedra, caminho e estrada. Traqueias.
Tensão superficial. Ondas e oscilações.
        Ar e saliva.
                    Amoras e alvéolos.
Suturas e meandros.
Súbita fervura. 
Formas intricáveis dentro de um abaulamento.
        Convecção e magnetismo.
        Plasticidade de eletroquímicos.
        Auto regulamento. Metamorfose.
        Ser-se solar, em efémeras transformações.
              Bolhas inconto-mensuráveis.
              Bolha de marés.
       Nadar.
Pele.
              Sopra-se terra.
A poeira que tapa ossos voa alto e assenta na espuma.
Esponjas de soro e espinhas de cálcio sussuram histórias.
        Sentir o frio. Ser-se volátil.
        Sair da camada limite da linguagem.

Respirar.